quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Cada vez mais grávida



Cada vez mais grávida. Cada vez mais ansiosa.
Ontem fomos falar com o Pediatra do P. e ficámos animados. Ele acha que a ausência de qualquer anomalia ao nível do cérebro (reduzido perímetro cefálico, ventriculomegália, calcificações intracranianas, etc) permite-nos fazer um óptimo prognóstico. Nós, que andamos tão preocupados com a decisão do Hospital em que ela há-de nascer porque queremos ter a certeza de que teremos disponível um serviço de neonatologia capaz de resolver qualquer problema que venha a surgir, ficámos muito esperançados quando ele nos disse "o mais provável é que ela nem venha a conhecer nenhum serviço de neonatologia". Mas depois tenho medo de me entusiasmar de mais. Penso sempre que a queda depois é maior. Que temos que ir com calma e não deitar foguetes antes da festa. Que ainda vamos a Paris fazer mais uma ressonância magnética e uma daquelas superecografias que não se fazem aqui e que podem, pela primeira vez, revelar alguma anomalia inesperada. Há coisas que só aparecem mais tarde.
Portanto, remeto-me novamente àquele estado de espírito a que já tive que me habituar. Tudo muito contido. Nem feliz porque depois a desilusão é grande, nem triste porque as más energias não ajudam. Quase sem sentimentos, como se isso fosse possível.

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